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Foto do escritorLuana Batista

Jesus

Como explicar um Deus que se fez homem com o propósito de reconciliar consigo seres tolos, falhos e imperfeitos? Como compreender um sacrifício voluntário em favor de pessoas ingratas e insensíveis, quando elas são incapazes de realizar o mesmo?

 

Mas Ele, conhecendo nossas fragilidades e limitações, ao realizar Sua obra, nos deixou reveladas suas ações perfeitamente em conformidade com a Sua Palavra, se tornando assim o pagamento perfeito e inquestionável para a salvação de todo aquele que crer.

 

Para ser claro com a mensagem que queria transmitir, sendo compreensível a todos, independentemente de raça, credo ou cultura, se utilizou de objetos carregados de significação; de uma mensagem altissonante e atemporal.

 

A Manjedoura: recebeu o bebê divinamente gerado; o Rei do universo que disse 'Haja' e tudo se fez, veio humildemente como um recém-nascido indefeso, colocado cuidadosamente em um cocho para animais.

 

O menino Jesus reverenciado no natal, em que os homens, diante de presépios fazem promessas de mudança de vida e dias melhores; era apenas uma figura superficial da grandeza do Deus encarnado.

 

O seu nascimento humano foi sem prestígio, exigiu que se esvaziasse da sua natureza divina, seu lugar de honra para se colocar na posição de servo. Um vulnerável e meigo bebê que veio iluminando o céu com uma estrela e enchendo o campo de coro celestial.

 

A Cruz: tornou maldito o Justo e Perfeito para outorgar salvação aos pecadores miseráveis; Esse objeto foi o propósito do seu nascimento; profetizado 700 anos de sua vinda ao mundo e determinado antes da criação de todas as coisas. O nascimento virginal e a concepção maravilhosa cumpriam a exigência do sacrifício perfeito, sem mácula.

 

Reverenciar o bebê indefeso sem compreender e evidenciar a razão final da sua vinda é inútil e irresponsável; não rememorar seu nascimento e festejar sua vida é negligenciar o fato de que a cruz não foi o fim, a morte não pôde detê-lo: Ele vive! Por isso comemoramos o natal, não o menino envolto em panos, mas o Salvador ressurreto que carrega em seu corpo as marcas da redenção da humanidade.

 

Sua morte foi carregada de estigma social, mas ainda mais profundo e doloroso foi a separação do próprio Deus. A morte de cruz era agonizante, ridicularizada e precedida por açoites dilacerantes (Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Isaías 53.5). Tal humilhação sofrida pelo Único e Verdadeiro só poderia resultar em trevas e terremoto.

 

Como consequência, o véu do templo se rompeu de alto a baixo, restaurando a comunhão livre de intermediários; o Caminho até o Pai é só através da fé no sacrifício de Jesus na cruz, o único Mediador entre Deus e os homens (I Tim. 2.5). Deus veio ao mundo em pessoa para que pudéssemos visualizar o exemplo de amor perfeito, o Homem altruísta, compassivo e misericordioso; e dessa forma desejar conhecê-lo e amá-lo.

 

A Mortalha: repousou sobre o corpo inerte e sem vida, aguardando o cumprimento do ofício sacerdotal de expiação definitiva e suficiente. (E que o lenço, que tinha estado sobre a sua cabeça, não estava com os lençóis, mas enrolado num lugar à parte. João 20.7) Como alguém que desperta do sono, retira a máscara dos olhos e deposita ao lado da cama; assim Jesus, não mais o homem, mas o Deus glorificado se levanta do túmulo para concluir a obra que havia proposto: conceder vida e reconciliação eterna àqueles que reconhecem e aceitam o seu sacrifício.

 

O Grande Eu Sou se submeteu as debilidades humanas sem, contudo, sucumbir às suas fraquezas. Porque Ele é um Deus de intimidade relacional, criou o mundo e tudo o que nele há, mesmo sabendo que sua criatura iria se voltar contra Ele; mesmo sabendo que teria que suportar a dor angustiante e ultrajante da separação do Seu Filho amado; porque nos amou, porque Lhe aprouve um relacionamento e uma adoração voluntária e genuína.

 

Mesmo criaturas tão egoístas não podem ignorar um Deus que se fez homem, um Rei que se fez servo, um Sumo Sacerdote que se fez sacrifício; como Homem, conhecendo nossas limitações fez uso de objetos bem conhecidos. Ele que em sua vida terrena conheceu bem a madeira, matéria-prima do seu ofício de carpinteiro, se utilizou dela no seu nascimento e na sua morte.

 

Quando recebemos esse amor gratuito e acessível somos automaticamente transformados em Filhos, o nosso interior corrompido e escravo do pecado é regenerado, mas o nosso exterior, à semelhança do nosso Cordeiro, será completamente restaurado e glorificado no momento em que estivermos com Ele.

 

Todas as marcas, imperfeições e deficiências serão curadas e esquecidas; as únicas marcas permanentes e visíveis serão aquelas presentes nas mãos, nos pés e ao lado do Senhor Jesus nos lembrando por toda eternidade o motivo de estarmos com Ele no céu. Você crê?


Luana Batista

Igreja Batista Central de Dourados MS


 

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