Nm 4.29-33 (KJA):
29 Farás o recenseamento dos filhos de Merari, por clãs e segundo as casas patriarcais.
30 Farás o recenseamento de todos os homens de trinta a cinquenta anos, em condições de fazer o serviço militar, e que farão o trabalho da Tenda do Encontro.
31 Este é o serviço que assumirão e toda a função que será de sua competência na Tenda do Encontro: carregar as armações de madeira do Tabernáculo, seus travessões, suas colunas e suas bases,
32 bem como as colunas do pátio que rodeiam a tenda, com suas bases, suas estacas e suas cordas; todos os seus utensílios e tudo o que está relacionado com sua utilização. Designareis para cada pessoa aquilo que deverá transportar.
33 Esse será o serviço dos clãs dos meraritas. E para todo o seu serviço na Tenda do Encontro, contarão com a direção de Itamar, filho de Arão, o sacerdote!”
Lemos apenas uma porção do capítulo 4 de Números, onde mostra o trabalho dos meraritas quando os hebreus precisavam levantar acampamento e marchar. O Tabernáculo deveria ser desmontado, tudo embrulhado e levado para um próximo acampamento.
No capítulo 4 podemos observar que quem fazia este serviço era os levitas, os coatitas, os gersonitas e os meraritas, os quais totalizavam numa quantidade de 8580 homens entre 30 e 50 anos de idade. A sequência genealógica dos levitas é a seguinte: Abraão, Isaque, Jacó, Levi, de Levi nasceram Gérson, Coate e Merari, de Coate nasceu Anrão que se casou com Joquebede e tiveram Arão e Moisés.
O capítulo 4 mostra o ápice do senso de ordem e organização que o povo tinha quando precisava levantar acampamento e marchar para um novo lugar. E isto é impressionante porque todo o capítulo 4 mostra o trabalho que cada uma das famílias dos levitas (gersonitas, coatitas e meraritas) deveria fazer, nada indica que havia ciúmes, bagunça ou perda. Tudo indica que cada um executava literalmente o seu serviço.
O verso 30 mostra que todos os chamados para desmontar o tabernáculo e depois montá-lo em novo lugar era de trinta anos até cinquenta e que estivesse em condições para o serviço militar cfe. a KJA, ou todo aquele que entrar neste serviço cfe. a ARA. A palavra hebraica usada aqui para serviço significa: guerra, luta ou serviço, neste caso não era uma guerra entre povos ou pessoas, mas uma guerra ou luta com relação ao enorme e sério serviço que eles deveriam realizar.
A verdade é que todos os serviços na obra do Senhor é importante e é uma luta física e espiritual, física porque muitas vezes precisamos lutar conosco mesmo, com nossas fraquezas e desejos, espiritual porque Satanás move seus exércitos contra a obra de Deus. E não importa o que façamos na obra, tudo é importantíssimo. Alguém disse o seguinte:
A verdade é que todo trabalho no reino de Deus é serviço real, por mais modesto que seja e, do ponto de vista humano, humilde e insignificante. (Disponível em: https://www.studylight.org/commentaries/eng/dcc/numbers-4.html Acessado em 02/09/2024).
Mas o ponto em que quero chegar é a questão da ordem e organização, isto é impressionante, ninguém falhava com seu serviço, tudo era desmontado dentro das ordens de Moisés e tudo era perfeitamente transportando até o próximo acampamento e montado como antes. Nm 4.49 (ARA): Segundo o mandato do SENHOR, por Moisés, foram designados, cada um para o seu serviço e a sua carga; e deles foram contados, como o SENHOR ordenara a Moisés.
Pergunta: Onde estava o segredo para dar tudo certo? Sem confusão, sem anarquia, sem ciúmes e sem outras coisas desagradáveis. Veja Jz 21.25: (ARA) Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada um fazia o que achava mais reto. (KJA) Naqueles dias não havia rei em toda a terra de Israel, e cada pessoa fazia o que lhe parecia direito.
No tempo dos juízes não havia ordem, nem organização, o povo estava disperso, os sacrifícios no Tabernáculo haviam cessado, havia muita corrupção e idolatria, o povo vivia em caos total. Qual a diferença para a época de Moisés e a época dos juízes?
A resposta está em Nm 4.49 (ARA): Segundo o mandado do SENHOR, por Moisés, foram designados, cada um para o seu serviço e a sua carga; e deles foram contados, como o SENHOR ordenara a Moisés.
Uma liderança que obedecia na risca os pedidos de Deus, uma liderança séria e que cumpria com o que havia sido chamada para realizar, uma liderança que liderava o povo na vontade de Deus. Uma liderança forte é uma liderança séria com as coisas do Senhor, é uma liderança que tem um grande temor por Deus, é uma liderança que tem apreço, carinho, amor e respeito por Deus e pelas coisas de Deus.
A igreja local é uma instituição de Deus, a qual Ele ama muito, Ele deu seu Filho pela igreja, ela é o Corpo de Cristo, a Igreja é a Noiva de Cristo, e a Bíblia diz que a união de um homem com uma mulher em matrimônio os torna uma só carne. Se a igreja é a Noiva de Cristo, então somos seu Corpo porque somos uma só carne com Ele.
Ef 5.31 e 32 (KJA): 31 “Por este motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne.” 32 Este é um mistério grandioso; refiro-me, contudo, à união entre Cristo e sua Igreja.
Sejam líderes sérios com as coisas do Senhor, não estou falando de líderes abusadores e autoritários, mas também nem negligentes e fracos, levem a sério o Corpo de Cristo. Eu costume dizer que sou pastor de ovelhas, não dono delas, dono das ovelhas é Cristo que as comprou com seu precioso sangue, então eu preciso pastoreá-las conforme a vontade de Deus.
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Pr. Rafael Zanoto Boeira
Casado com a Flávia e pai da Rafaela e da Francine
Pastor Titular da Igreja Batista Vitória em Pinhais – PR (região metropolitana de Curitiba)
Diretor da EBET (Escola Batista de Estudos Teológicos)
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